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domingo, 6 de maio de 2012

SIM ou não?


Sim ou não?
Sabes, hoje despertei suave e com muito amor, ou não fosse dia da Mãe! E a abundância começou logo ao despertar.
Realmente é preciso tão pouco para colorir o nosso dia, quando nos permitimos parar e receber o sorriso alegre dos nossos filhos dizendo-nos “amo-te” com e sem palavras, em cada gesto, em cada olhar, em cada toque, borbulhando com a alegria de poderem dizer “amo-te mãe”, de nos poderem abraçar e mostrar o quanto nos amam… simplesmente. E este pouco é tanto que se nos permitirmos parar e perceber o quanto há em nós que motiva tanto amor à nossa volta, basta respirar fundo e serenar, pois todas as dúvidas, todos os “e se”, “mas”, “porquê?”, “não sei”, etc. e mais etc. se dissipam na sua própria surdina entretida consigo mesma.
Cada presente recebido deles, feito por eles, enche o coração de qualquer mãe com aquele amor pleno de gratidão que não há palavras que expressem! Sentes?
E sabes que mais? Hoje tive a felicidade de ter não apenas 2 filhos, mas 4! É! Abundância! O que poderia parecer um pesadelo – dois rapazes de 4 anos e um de 3 e (felizmente) uma menina de 11 – revelou-se um tesouro. É que veio ao meu encontro a incumbência de ficar com os filhos de uma querida amiga e foi tão simples aceitar esse presente também. Geralmente os três juntos são o que se poderia chamar de uns “terroristazinhos”, fofinhos, mas uf! Ora, e não é que hoje não estavam virados para o “terrorismo”? J Obedientes, respeitadores e claro, muito brincalhões! E perguntava-me “afinal porque é que eles me respeitam?”. Simples “porque disse que SIM e porque me respeito”. E divertimo-nos, muito, os quatro. E sabes, havia momentos em que dizia para mim mesma “tenho tanto trabalho para fazer” e depois calava essa voz e ouvia “neste agora, não há nada mais importante que simplesmente permitir-me ser mãe!” tal como em outro instante serei inteiramente o que sou naquele agora, tal como neste agora sou as palavras que vão aparecendo na folha branca. Abundância.
Ontem encontrei uma amiga da escola, que abriu uma loja de roupas lindas, lindas, lindas! E disse-lhe “venho cá fazer compras quando estiveres em saldos J mas vou dizer à minha mãe para cá vir porque ela é uma excelente cliente”, e rimo-nos descontraidamente, como se fossemos de novos colegas de escola.
Hoje quis ir dar um beijo à minha mãe. Ainda que ela não ligue nada ao dia da Mãe, quis simplesmente dar-lhe um beijo de gratidão pela vida. Bem, ontem também dei! Enfim, lá fui a casa dela, com os netos num “sim” aberto de sorriso amplo – “sim, amo-te e agradeço-te mãe, por tudo, e acima de tudo, pela vida em si mesma”. E fomos recebidos com um gostoso lanche e de seguida, mesmo quando me preparava para apanhar umas rosas multicolores para dar à minha amiga, a dos filhos com quem tive o prazer de partilhar o meu dia, a minha mãe chama-me ao seu quarto e diz “ora vê lá se gostas desta blusa, comprei-a mas nunca a cheguei a usar”. Ela é assim mesmo, gosta de tanta coisa linda que por vezes nem chega a usá-las todas. Gira, pois é, a blusa. Mas há mais uma, e outra, e ainda outra e “olha agora esta saia para dar com esta blusa… e mais esta”… E de repente a loja de roupas de ontem estava ali mesmo à minha frente e nem precisei de esperar pelos saldos!... Sim. Abundância.
Bem, lá fui eu para casa com um punhado de roupa linda no regaço e um frondoso bouquet de rosas na mão.
Quando chego junto da minha amiga com as rosas, quem estava com ela? A mãe e o pai, e a mãe acabara de lhe dar dois sacos cheios de legumes da horta e mais laranjas e não sei que mais. Sim. Abundância.
E sabes o que é tão especial nisto tudo? É que não importa o que fazes, o que importa mesmo é o que és, porque o que és é o SIM que desconhece os NÃOs de quem pensas que és mas não és.


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