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domingo, 4 de maio de 2014

Gratidão à Criação

Gratidão à Criação


Neste dia em que neste recanto do planeta se estabeleceu celebrar a maternidade, faz-me sentido celebrar os filhos... São eles que criam mães ;) E os pais…
Cada filho cumpre um propósito único e precioso na vida de cada mãe. Cada filho é uma oportunidade de transcendência de nós mesmas, é um convite para quebrar limites, largar limitações e maturar enquanto SER Humano.
A Diva trouxe-me de volta a mim mesma. Criou em mim uma r-Evolução de SER eu mesma, de me descobrir, de me amar, de me respeitar, de me transcender constantemente. Com ela tenho aprendido a confiar, a perseverar, a refletir a minha Verdade sem medo do julgamento alheio, sem medo de SER tudo o que SOU, incondicionalmente, sempre.
O Samuel trouxe-me o AMOR em Abundância plena – a Plenitude. Ensinou-me a arte do desapego, do esvaziar-me do que não me serve para me poder preencher do Vazio que É tudo o que É. Mostrou-me a minha Alegria cintilante e incendiou-me a Paixão completa pela dádiva preciosíssima da Vida em todo o seu esplendor.
Ambos me têm ensinado momento a momento a COMPAIXÃO. Compaixão, compaixão, compaixão é a lição comum a todas as mães e a todos os filhos… a todos os pais também. Pois sem pai não há mãe.
Dentro de cada ser humano há um registo de arquétipo feminino e masculino. Este registo ocorre mesmo que um ou ambos os progenitores estejam ausentes da vida desse ser humano - mesmo que se trate de um bebé proveta!!! O óvulo e o espermatozoide criam o primeiro registo genético de feminino e masculino – estão na génese deste novo Ser Humano. Seguidamente, o homem e a mulher que tiverem um papel mais marcante nos primeiros anos de vida deste Ser Humano serão o seu exemplo externo de feminino e masculino. Ele/Ela crescerá, pois, fruto da dança entre o exemplo externo e a génese inicial que o/a tornou possível enquanto Ser Humano – o seu registo genético. O pano de fundo será, no entanto, o SER, a Divina Essência neutra e ilimitada que permeia tudo e todos.
Posto isto o dia da Mãe é sempre também o dia do Pai e vice versa J
Por isso expresso aqui a minha gratidão também aos pais dos filhos que gerámos, que me urge não chamar meus pois acima de tudo são de si mesmos – os filhos, nem meus nem deles – dos pais, nem de ninguém para além de si mesmos.
Aos pais agradeço por absolutamente todos os espelhos fiéis de mim mesma que um a um me trouxeram de volta a casa. Cada espelho me mostrou um reflexo de algo a nutrir ou a diluir. Bem hajam os espelhos... e os pais J Agradeço também a comunhão e a partilha, bem como os inúmeros desafios de transcendência dos sistemas de crenças e apegos. Agradeço por serem pais exemplares, cada um à sua maneira, única e especial como cada um deles – de nós (todos)– é.
E mais uma vez a maior lição de todas aprendida com os pais – COMPAIXÃO. Por mim, por eles, pelos filhos, por todos… COM todos.
Lições preciosas aprendidas e expandidas todos os momentos da minha VIDA, com cada Respiração grata que me apaixona de SER… É por tudo isto que vos agradeço amados filhos:
*Amor Incondicional, que é o mesmo que dizer Compaixão – transcendência dos julgamentos limitantes que me impediam de ver a amplitude de cada UM, do TODO.
*Aceitação de que tudo é o que é, largando expetativas, planos e programações, perfeccionismos vãos e perspetivas limitantes sobre o que e como seja o que for deveria ser – em suma: LIBERDADE!
*Inocência, ou seja, largar as ideias, conceitos e crenças pré-concebidas sobre isto e aquilo e descobrir o novo olhar que me mostra que afinal TUDO É POSSÍVEL.
*Alegria – a fonte borbulhante que brota do meu centro, permitindo-me rir a bandeiras despregadas, brincar com o desprendimento livre que a criança em mim redescobriu com as crianças que me acompanham… os “meus” filhos e todas as outras também.
*Paixão – a vontade vulcânica de criar, criar, criar uma VIDA de SER em Plenitude.
*Abundância de tudo o que para mim faz sentido, nomeadamente o equilíbrio, a harmonia, a beleza sublime da Arte natural e humana que compõe este planeta, este Universo.
*Gratidão permanente. Gratidão que me preenche, que transborda. Gratidão que se explica e basta a si mesma. Por tudo. Por todos.
*Paciência. Porventura uma das maiores lições aprendidas e reforçadas permanentemente, não só com os filhos (com tudo e com todos), mas em certas áreas da interação humana têm sido os filhos os meus maiores Mestres de Paciência. Muito muito grata.
Poderia continuar a enumerar palavras plenas do sentido que estes meus companheiros incondicionais, os “meus” filhos, trazem para o meu mundo, mas parece-me que estas que enumerei englobam simplesmente todas as outras (entrega, partilha, empatia, altruísmo, flexibilidade, humildade, abertura, honestidade, frontalidade, coerência, consistência, respeito, perdão……….e mais e mais e mais).
Grata amados filhos, preciosos companheiros, por termos aceite o convite mútuo de partilharmos esta Vida que se tem revelado maravilhosa, em toda a sua diversidade.
Deixo aqui uma última nota, diria, um convite.
Convido todos os pais e mães a olharem para além da pequena família e a abraçarem a família maior. Todas as pessoas relevantes nas nossas vidas são família. Que cada um saiba ver para além dos ditos laços de sangue e abrir o seu coração para aceitar que na amizade incondicional se cria uma família mais ampla. Não são os laços de sangue que determinam o Amor pleno. Nada determina o Amor pleno. Apenas a tua abertura e capacidade de aceitação da família maior ;)
E porque refiro isto? Porque muitas vezes os pais sentem-se sobrecarregados com as “tarefas” da maternidade/paternidade, por se sentirem como os únicos responsáveis pelas mesmas – os únicos e mais importantes educadores. E caso não tenham família por perto, por vezes torna-se difícil gerir todas as exigências da vida diária com filhos. No entanto, há sempre “família” por perto, se nos abrirmos para tal. Os laços de amor não dependem dos laços de sangue. De todo. Por vezes são até mais simples e límpidos esses laços de amor livres dos diversos passados dos laços de sangue, que tendem a condicionar a evolução dos relacionamentos.
Por outro lado, refiro isto para englobar também todos os que não são mães e pais no sentido restrito do termo. Em Portugal, há sistemas de crenças bem enraizados, como em toda a parte. Um deles é a maternidade/paternidade. Tende a ver-se alguém como completo no seu projeto de vida apenas quando chega a ser progenitor. E ouso dizer que grande parte de nós raramente questiona as nossas motivações quando decide ser mãe/pai. Porquê? Para quê? Porque quero ser mãe/pai? É algo que creio que me complete? É algo de que necessito para me identificar com a minha ideia do que é ser bem sucedido na vida? É algo que necessito para me preencher ou para preencher a minha vida, para me dar sentido? Enfim, questiona as tuas motivações. É que na verdade podemos ser mães e pais permanentemente! O que não faltam no mundo são crianças, pessoas, mais de 7 biliões de pessoas já nascidas! Porque “temos” que “ter” filhos “nossos”? Qual é a parte de nós que acredita nisso?
E ainda mais: sempre que criamos seja o que for estamos a ser mães/pais de algo que gerámos, nutrimos, permitimos que cresça e se desenvolva e oferecemos ao mundo com o retorno permanente da partilha do que há de único em nós com o que há de único em toda a parte, numa troca criativa maravilhosa J

Neste dia da Mãe digo, pois, bem haja à CRIAÇÃO em toda a sua fantástica amplitude!


1 comentário:

  1. BEM HAJA A MÃE-NATUREZA, na sua Magnetude e Infinitude!!!!!
    Um Abraço Infindo à Maravilhosa Criação de SE SER!!!!
    Artemis

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