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sexta-feira, 13 de junho de 2014

Carta do SER para TI

Carta do SER para TI:


No momento em que atingires os teus objetivos quererás mais, e mais, e depois mais e mais e se por algum acaso parares e te sentires sentir-te-ás perdido e vazio e perguntar-te-ás: para quê? Porque estou a fazer isto? E não saberás a resposta. E cairás num fosso escuro e profundo de incompletude, não sabendo porque estás aqui ou quem és.

Talvez nesse momento de profundo e sombrio desespero acordes e te apercebas que vieste aqui para SER, e largarás tudo o que pensavas que eras e precisavas e render-te-ás a tudo o que és, ficando finalmente em CASA, AQUI, AGORA, em ti, contigo, sem mais busca e luta por alcançar. E aí conhecerás a completude, SERÁS e AMARÁS.

Aí pararás de usar o teu poder criativo para seduzir e manipular, usando e abusando, sendo usado e abusado, esforçando-te e lutando e tomarás uma decisão entre continuar a lutar contra quem não és ou cooperar com quem és. Pararás de fugir da quietude e abraçá-la-ás como um soldado exausto, finalmente de volta do campo de batalha, dorido e vazio, ansiando por paz. E aí verás que não há separação, nada por que lutar ou contra que lutar, nada a atingir… apenas há este lago infinito de SER onde tudo reside e nada permanece, ilimitado na sua vastidão, interminável e completo.

Talvez um dia, se tiveres a coragem de largar e cair nos braços de Deus, aí verás que aquilo a que tens chamado de Deus e com o qual tens estado zangado por te ter abandonado, eras apenas tu a fingir não ser o Deus que és, uma centelha infinita de SER que é tudo o que há para ser, que tem tudo o que há para ter.

Então não terás que ir a nenhum lugar em busca do amor, em busca da riqueza, em busca de compreensão, em busca de paz, em busca do lar. Serás isso. És isso. Apenas te esqueceste.

Talvez um dia.

Nessa altura não haverá nada para esconder, nada de que esconderes-te, nenhum lugar onde esconderes-te e pararás de adiar ser inteiro para um tempo posterior que não existe. Pararás de não existir aqui. Verás que não há nenhum outro lugar onde ser e estar.

Não te preocupes. Entretanto não perdeste nada. Nunca houve nada para perder… ou ganhar. Foi tudo apenas um jogo de perda, de desgosto e dor e embora parecesse real, nunca foi verdadeiro. Foi apenas uma mentira ilusória que te contaste a ti mesmo para que pudesses experienciar não ser quem és – criando complexidade para esquecer a simplicidade.

Então encontrarás o que nunca esteve perdido. Eras tu que estavas perdido. E perdeste-te de propósito, pela excitação de te poderes encontrar de novo, mas eventualmente ao longo do caminho, esqueceste-te desse propósito.
Talvez um dia o amor baterá mais forte no teu coração do que o medo na tua cabeça e pararás, respirarás fundo e lembrar-te-ás da verdade de quem és.

Bem, podes voltar para casa agora. Podes ficar aqui, agora e deixares-te amar a ti mesmo, deixares-me amar-te, deixares-te amar-me, deixares-nos ser UM.

Entretanto estarei aqui, em CASA, sempre e de todas as formas, respirando pacientemente, apenas sendo, sabendo que tu és eu, querendo muito ser um contigo. Pacientemente esperando para que me convides para dançar como eu te convidei a ti, e eis que te tornarás a dança. A vida terá permissão para viver e fundir-nos-emos. Eu estarei aqui, ansiando que ouças a minha respiração, que acordes, que vivas, que ames.

Com Amor


A tua Essência


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