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terça-feira, 2 de junho de 2015

Futebol - O Jogo da Vida

Futebol – o jogo da vida


Sempre me intrigou o fascínio que esse jogo, o futebol, exerce sobre o mundo inteiro. É um verdadeiro palco de emoções, levando as pessoas que o amam aos mais altos cumes e aos mais fundos vales.
Percebendo que toda esta experiência diária que criámos uns com os outros, com o que chamamos de trabalho e o que identificamos como lazer, os dramas, as intrigas, os amores e desamores, tudo isto é um jogo também – um jogo de faz de conta – dá para deslindar como o futebol assume tais proporções. É um espelho contraditório do tecido social.
A contradição reside nisto: embora milhões de pessoas em todo o mundo vibrem com este jogo, ainda muito poucos perceberam que para encontrar o equilíbrio, o bem estar, a alegria no dia-a-dia é preciso nutrir uma paixão intensa pela vida, por tudo o que se faz nela e é preciso brincar!!
Por ser preciso brincar, coisa que a idade adulta postula como um regresso imaturo à infância, é que esse jogo divertido de andar a correr livremente atrás da bola ganhou tais proporções. Mas como brincar é considerado irresponsável, o futebol teve que assumir contornos mais sérios, para que um monte de adultos ande completamente fascinado com algo que é uma brincadeira, mas não parece. Não admira que assim seja, pois na interação social todos assumem papeis de coisas que não são, mas parecem.
Em vez de continuar a fingir a seriedade da bola, porque não aprendemos a leveza que há em brincar mais?
Vejamos: não há nenhum jogador ou jogadora de futebol (e praticante de qualquer outro desporto aliás) que não ame fazê-lo. É, antes de mais, uma paixão intensa, algo que dá imenso prazer ao praticante. E, embora tentemos torná-lo sério e competitivo, é um jogo divertido.
Parece curioso também como é que um jogo move tanto dinheiro. Há que entender uma coisa fundamental: dinheiro é nada mais que energia materializada, como todas as outras coisas. É o que usamos para trocar por coisas ou serviços. Nesta ótica, não é de todo espantoso que algo que é vivido com paixão, com gosto e alegria, mova tanto dinheiro, pois é o amor que está por detrás dessa paixão que move mais energia.
O impulso criativo é nutrido pelo fogo intenso da paixão, que por sua vez brota do Amor Incondicional, sem limites nem limitações. Tudo o resto são tentativas efémeras e sem fôlego de sobreviver abaixo do limiar das infinitas possibilidades de ser.
Esta compreensão é basilar para o sucesso laboral, que requer um equilíbrio entre dedicação, paixão, leveza e brincadeira. Um equilíbrio também entre o produzir para fora e o nutrir cá dentro. Sem esse equilíbrio, tudo o que é posto cá fora está manco, falta-lhe força na perna do amor. Esse amor nasce dentro de cada um de nós, aí e apenas aí. Se ele não nasce dessa fonte inesgotável que todos transportamos dentro de nós, não pode circular genuinamente, incondicionalmente.
O mundo não pode continuar a funcionar como até agora, com vidas de trabalho cheias de esforço, uma economia manipuladora e desequilíbrio de poder entre o feminino e o masculino a todos os níveis.
Se tirarmos a seriedade desse jogo que é o futebol, acaba-se também o desequilíbrio da euforia desmedida e da angústia infundada. O jogo passa a ser sentido com a alegria e a aceitação que tudo na vida pede.
A vida, tal como o futebol, não é uma coisa séria. É uma dádiva maravilhosa de experiência.
Falta no mundo injetar gratidão por essa dádiva que é a experiência magnífica de viver, injetar paixão por tudo o que se cria com essa experiência, injetar aceitação profunda de tudo o que ela abarca e ser autêntico em absolutamente tudo.
A máscara do medo já está velha e gasta e só o amor pode mostrar que ela não passa de uma máscara.
Aprendamos com os artistas, com os desportistas, com todos aqueles que vivem o trabalho com paixão e leveza e que são capazes de se divertir não importa onde e quando.
É isto que pode mudar o estado da economia mundial, para que passemos todos a viver como os melhores jogadores da bola! Somos todos especiais!
O trabalho não tem que ser sério, não tem que ser um esforço, não tem que ser complicado, não tem que ser difícil, não tem que ser aborrecido.
Um excelente exercício de autoanálise e abundância: reveja o que pensa do trabalho e como o vive.
Será que é mesmo preciso viver para trabalhar ou trabalhar para viver? Será que não há outras respostas?
E viver para viver? Já pensou nessa hipótese?
Viver para viver, com amor, leveza, simplicidade, equilíbrio, harmonia, calma, autenticidade, diversão em cada agora – só porque viver é fantástico em toda a sua diversidade! Fantástico...
E já agora respire, suave mas profundamente, inspire a vida e inspire-se para expirar as criações mais fantásticas – como a Vida!


In "Consciência... à Solta" por T. C. Aeelah (publicado em 2009)





1 comentário:

  1. Assim É, Amiguinha!!! – “Dádiva maravilhosa...” (Aeelah),
    que nos “habita” agora/ “para alem do agora”, num mar de beleza e de sabedoria, de “Viver para viver...” (Aeelah) – Simplesmente !!!
    Artemis

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