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terça-feira, 24 de novembro de 2015

Compaixão - Balada da Alma 17

Um excerto do livro Baladas da Alma - A Melodia de Ser (T. C. Aeelah, 2010)

Dia 17

“Total aceitação de ti. Vê-te como eu te vejo, aceita-te como eu te aceito.”

Até tenho a melhor professora possível nesta lição de aceitação aqui mesmo dentro de mim,  sempre. Que mais poderia querer?

Aceitação é apenas outra palavra para Compaixão, mas enfim, é tão necessária neste processo de nos tornarmos equilibrados, que este convite é repetido todos os dias, junto com os outros:)

Só posso entrar em harmonia completa com todos os outros, uma vez que esteja em completa harmonia comigo mesma.

Como poderia eu julgar os grupos de terroristas que andam por aí a rebentar com tudo, totalmente certos da sua legitimidade, quando tenho um bando de terroristas dentro de mim, jogando jogos destrutivos o tempo todo, jogando ás escondidas e à apanhada, aterrorizando-me a todo o momento, sempre a tentar apanhar-me desprevenida? Como posso encorajá-los a voltar a mim, a confiar em mim, se eu julgo os terroristas fora de mim?

O mesmo se aplica ao assassino, ao suicida, ao violador e ao torturador, ao bandido e ao gangster, ao próprio diabo... quanto mais me fazem impressão, mais são Aspetos meus há muito escondidos, perdidos nas brumas do tempo.

Por isso observo a respiração e convido cada parte rejeitada de mim a vir, “vem para a minha alma, confia, confia que estou em casa, vem, vem para este lugar quentinho que eu criei no meu corpo, para a reunião de mim”.

Não importa quão perdido qualquer um de nós pareça estar, não há nem um único de nós que seja um “Deus Menor”. A centelha de Tudo o Que É que reside em nós, que é quem somos, é completa, inteira. Cada um de nós contém todo o Amor, toda a Sabedoria, todo o Poder, toda a Alegria, toda a Abundância, toda a Paz, toda a Criatividade, toda a Liberdade, tudo de tudo o que possamos procurar ou achar que necessitamos. Está tudo aqui, florescendo em mim, em ti... conforme dizemos “Sim” à perfeição de tudo o que é.

Embora possa muitas vezes parecer que há algo errado com o mundo, que há algo errado com as pessoas, que há algo errado comigo, sei que tudo está bem em toda a criação, pois estamos simplesmente a viver a dança da existência em todas as suas cores e formas. Podemos tentar e tentar, mas é impossível deixarmos de ser Eu Sou o Que Eu Sou, mesmo que estejamos inconscientes da amplitude total desta verdade.

Não importa que jogos estou a jogar, em que histórias estou a acreditar, que dramas estou a criar. Sou apenas eu descobrindo as imensas possibilidades da vida. Posso vê-las como boas, posso vê-las como más... mas são simplesmente Deus acontecendo.

Não tem importância pois tarde ou cedo, quando eu me cansar das minhas grandiosas produções dramáticas, reconhecendo a mestria que contêm, posso escolher criar novas produções de um tipo diferente, com novos sabores, novas cores, novas fragrâncias.

E continuo por aí adiante, a praticar a aceitação total de todas as partes de mim, com doce amor e carinho. Vejo as distrações que aceitei em vez de Mim, em vez de Eu Sou o Que Eu Sou e respiro a minha serena aceitação: “Shhhh, vem a mim conforme eu te abraço, tudo em mim.” Shhhh... no silêncio de mim... e deixo ir.

*** 

Balada da Alma 17

Se soubesses que és um Anjo
Amarias e aceitarias
ou lutarias e rejeitarias?




















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